A gente sabe que nas audiências rolam umas coisas meio estranhas mesmo. Então, resolvi contar algumas aqui.
Certa vez, a discussão girava em torno de uma despedida por justa causa, de um empregado que havia insultado outro com palavras impróprias para reuniões de família.
Foi chamada a testemunha do empregador, autêntico blumenauer-deutsch, para que confirmasse o fato e seguiu-se, então, o depoimento, conduzido pelo Juiz da causa:
- O senhor está comprometido a dizer a verdade, sob pena de ser preso e processado criminalmente.
- Sim senhorrrr!
- O que o autor disse ao seu colega?
- Palafras ti páixo calón.
- Mas, meu senhor, eu preciso saber o que foi dito.
- Non, é muito feio. Son palafras ti páixo calón.
- Meu senhor, ou o senhor me diz que palavras de baixo calão são essas ou eu mando prendê-lo por desacato.
- Tá pom, o senhorrr pediu. Ele tisse: fai tomá no &*%$, seu fi*&dap**¨$!!!
E as palavras de "páixo calón" foram reduzidas a termo.
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Essa foi contribuição da Dra. Maria Beatriz, Juíza titular da 2ª Vara do Trabalho de Blumenau:
A discussão, desta vez, dizia respeito a um pedido de pagamento do adicional de insalubridade feita pelo ex-empregado de uma funerária, que trabalhava como taxidermista - sim, a piada já veio pronta.
Seu argumento era de que o uso contínuo do formal nos embalsamamentos traria sérios riscos à sua saúde. Foi feito o laudo pericial e, depois, a audiência para se produzir provas quanto ao tempo de exposição ao que seria o tal agente insalubre.
Assim, a juíza fez sua pergunta de praxe:
- Quantas vezes por semana o senhor faz uso do formol?
- Aí depende, né doutora? Tem dia que se morre, tem dia que não se morre.
Fatalidade óbvia. Citação digna de ser devidamente "twittada".
segunda-feira, 22 de março de 2010
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